Como editar um conteúdo de forma estratégica
Bem-vindo(a) à Inbound Matters, onde você aprende o que importa sobre inbound marketing 🤍
Oi, tudo bem? 🙂
Toda quinta-feira, na minha equipe, uma pessoa fica responsável por compartilhar um conteúdo com o time.
Semana passada foi a minha vez e eu trouxe uma apresentação curtinha sobre o tema Como editar bem um conteúdo.
Escolhi esse assunto por que:
Estamos na era do Conteúdo Commodity, de produção massificada - saber editar bem é crucial para se destacar pela qualidade, valor estratégico e originalidade
Precisaremos cada vez mais “aprovar” conteúdos gerados por Inteligências Artificiais, não tem como fugir disso mais
E também porque é uma habilidade importante para blindarmos nossas carreiras dentro do marketing
Vem comigo ver como fazer uma revisão, edição e aprovação objetiva de qualquer material usando a ferramenta Pirâmide das Necessidades de Edição.
⚪ Pirâmide das Necessidades de Edição
Conheci a Pirâmide quando fiz o curso How to Edit, do Ryan Law (que eu recomendo muito) e adaptei para a minha realidade.
A ideia é que você divida o processo de edição/revisão de qualquer conteúdo em 3 partes.
Começando de baixo para cima na Pirâmide e dando primeiro um check de Estratégia, fazendo um “teste de sanidade” com perguntas como:
O material bate com o que o briefing pediu?
Colabora com os indicadores definidos?
Se encaixa na estratégia “macro”?
É um conteúdo original e memorável?
Subindo na Pirâmide, passamos para a Estrutura, uma revisão de desenvolvimento, lógica, fluidez, confiança e ângulo.
Olha só o que você pode avaliar aqui:
Segue uma lógica minimamente MECE?
Cumpre todas as promessas feitas no texto?
Os argumentos fluem naturalmente uns dos outros?
Usa recursos (como paralelismos) para diminuir o tempo e a energia gastos no consumo do material?
Dá “zoom” nos pontos mais importantes e urgentes daquele tema?
Aborda as objeções mais comuns?
Evita deixar o aprendizado do redator sobre o tema muito claro no texto? O fluxo de informação para o escritor nem sempre é o ideal para o leitor.
Por último, a gente vai para aquela revisão mais clássica, olhando a Escrita no detalhe de forma objetiva, e não subjetiva.
Falo isso porque simplesmente procurar por “clareza” em um texto não é fazer uma boa edição. O que é claro para um, pode não ser pra outro.
Por isso, a gente precisa procurar por problemas específicos.
Algumas perguntas que faço nessa etapa:
Evita o “texto-bolha”, aquelas expressões bonitas, mas com pouco conteúdo? Por exemplo: “resultados de negócio”. Quais resultados, que negócio?
Existe uma variedade no tamanho e ritmo das frases, para a leitura ser gostosa e fácil?
Tem “white space” o suficiente, para criar foco nos pontos mais importantes e facilitar o consumo do material?
O tom e a voz estão de acordo com a marca/campanha/ação?
As frases já começam com a informação mais importante?
Usa palavras de alta densidade? Por exemplo, “inacreditável” ao invés de “difícil de acreditar”
Evita frases ingênuas, que fazem temas complexos parecem fáceis?
Tenho duas dicas bônus, que fogem até da Pirâmide, pra fechar essa edição.
⚪ Primeiro: entenda o escopo da edição. O que é possível ajustar, levando em conta a equipe, o tempo e recursos disponíveis? É preciso calcular se os ajustes estruturais cabem nas agendas das pessoas, por exemplo.
⚪ Segundo: quando a gente quer refinar de verdade um conteúdo, precisa deixar nosso ego de lado. E entrar num modo de defesa incondicional da estratégia e de quem vai consumir aquele material.
E se você gostou dessa edição, deixe um like aqui embaixo pra eu saber!
🤍 Reveja as edições mais recentes da Inbound Matters: