Funil vs. Flywheel vs. Novo Inbound: qual o melhor?
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Toda semana, alguém declara a “morte” de alguma metodologia ou estratégia de marketing.
O SEO já cansou de morrer, o Instagram nem se fala, o e-mail marketing, a atribuição (essa sim pode estar com os dias contados 👀).
Mas eu te desafio a encontrar uma dessas mortes anunciadas que não escondam uma intenção de vender um curso, ou que realmente levam em conta variáveis e particularidades de negócio, público, jornada e cultura.
Por isso, hoje, te convido a destrinchar comigo as 3 metodologias mais conhecidas de Inbound Marketing, que têm sua eficácia colocada em cheque a todo momento nos eventos, grupos de WhatsApp e postagens do LinkedIn afora.
Para que você consiga extrair o melhor de cada uma, e aplicar o que realmente faz sentido pra sua realidade e desafios.
Bora?
⚪ Funil de Marketing
Recapitulando, ele divide a jornada de compra em três estágios de consciência: topo (inconsciente da dor), meio (consciente da dor) e fundo (consciente da solução).
E tem sido uma das metodologias mais descreditadas dos últimos tempos.
Eu entendo o porquê.
Vou ser sincero com você… esse modelo já me causou mais frustrações do que resultados.
Conforme a não-linearidade da jornada foi sendo reconhecida, e os modelos de atribuição foram falhando mais e mais em identificar essa jornada, se torna arriscado decretar que uma pessoa está “inconsciente” porque baixou materiais mais simples, como uma checklist.
Não é informação suficiente.
E se essas diretrizes comandarem sua estratégia, é como se você a montasse levando em conta só uma parte da história, que pode não ser nem verdade.
Apesar disso, para produtos que não exigem tanto compromisso e educação, pode funcionar bem, sim.
O que a metodologia faz bem: ela andou para que outras pudessem correr. E ajuda a entendermos os processos mentais pelos quais alguém pode passar na jornada, e isso contribui pra começar uma estratégia de conteúdo e organizar a operação num primeiro momento.
Onde a metodologia pode falhar: o Funil promete previsibilidade da jornada de compra, o que não é realmente entregue pelas ferramentas de automação de marketing e analytics. E ao colocar os possíveis clientes em caixinhas arbitrárias, você pode acabar causando mais fricção do que engajamento nas comunicações. Também é um modelo quase 100% focado em aquisição.
⚪ Flywheel
A grande idealizadora do Flywheel (ou volante) de Inbound foi a Hubspot, então vou deixá-la explicar pra você:
“O flywheel é um modelo para explicar o impulso que você ganha ao alinhar toda a organização para oferecer uma experiência incrível ao cliente. Você usa o ímpeto dos seus clientes satisfeitos para gerar referências e repetir as vendas. Dessa maneira, sua empresa continua girando, vendendo para os atuais compradores e atraindo novos."
Em outras palavras, o Flywheel abraça o ciclo de vida do começo ao fim, que é retroalimentado a todo momento por feedbacks:
Acho que o Flywheel é uma metodologia bacana, mas definitivamente não é um “copia e cola” fácil.
Depende que a empresa tenha uma operação muito madura, mas ainda inovadora, uma integração única entre todas as áreas e, na minha visão, esteja mais focada em retenção do que aquisição de clientes — o que era o caso da Hubspot quando publicaram sobre o Flywheel.
Sem esses elementos, é mais provável que o Flywheel não tenha energia suficiente pra continuar girando.
O que a metodologia faz bem: bom modelo caso você não esteja focado tanto em aquisição de novos clientes. Promove integração entre equipes e processos e tira as pessoas de suas caixinhas ao colocar toda a jornada como responsabilidade de todos.
Onde a metodologia pode falhar: exige um grande nível de maturidade e inovação para funcionar bem — o que não é uma realidade na maioria das empresas, mesmo nas grandes.
⚪ Novo Inbound
E pra fechar, nós temos a metodologia mais comentada do momento — o Novo Inbound, da B2B Insiders.
A ideia é muito bacana: propõe que a gente pare de tentar controlar a jornada, e passe a entendê-la. Que a gente não passe para Vendas leads de baixa intenção, e crie conteúdo não seguindo topo, meio e fundo de funil — mas os pilares Qualificação, Educação e Confiança.
Tudo isso partindo girando em torno de uma estratégia de penetração de mercado bem-amarrada.
De todas, o Novo Inbound é o mais alinhado com o que eu acredito hoje e com o que os estudos mais recentes nos contam sobre a jornada de compra.
E como eu me comprometi a trazer um conteúdo de alto nível sobre Inbound aqui pra você, venho não só acompanhando as publicações sobre esse método, bem como adquiri o curso da B2B Insiders.
Até agora está bem interessante (mas poderia ser mais prático).
O que a metodologia faz bem: é a mais alinhada com a jornada B2B hoje.
Onde a metodologia pode falhar: acompanhando o grupo do WhatsApp do curso, percebo que ainda existe uma dificuldade grande das pessoas de colocar em prática, na operação mesmo, as premissas do Novo Inbound. Também é uma metodologia focada em B2B — um “copia e cola” para B2C pode não dar boa.
Vou finalizar essa edição com uma mensagem: faça aquilo que funciona pra você.
Pode ser que pra você, como é pra mim, funcione pegar um pedacinho de cada uma dessas.
Ou outro método não documentado, sem nome.
Mas encare com senso crítico quando alguém “mata” uma metodologia e desconfie das intenções por trás desse tipo de mensagem.
Muitas vezes, o único profissional de marketing que quem traz essas previsões apocalípticas quer ajudar é o próprio “ceifador”. 😉
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