O formato de conteúdo que gerou 23.000+ conversões e R$ 100k+
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Em janeiro de 2022, eu tinha só uns quatro meses de empresa quando sugeri para o meu líder: por que a gente não lança um kit de ferramentas?
Parecia uma ideia boa.
Um tempo antes, na minha primeira grande entrega na empresa, eu havia feito um kit de conteúdos que gerou milhares de conversões.
Mas ele veio com uma ideia muito melhor: por que não um clube de assinatura de ferramentas?
Corta pra agosto de 2023. O clube não só saiu, mas como gerou mais de 23 mil conversões (ou assinaturas) no total. E, só em agosto, trouxe faturamento na casa dos 6 dígitos para a empresa.
Esse é o poder das ferramentas.
Hoje, quero te contar por que é uma boa ideia usar esse formato na sua estratégia de Inbound e como criá-las na prática. Vem:
⚪ Por que ferramentas precisam integrar a sua estratégia de Inbound
Esse tipo de resultado (que, só pra deixar claro — também tem outras variáveis) é uma consequência das características do formato “ferramenta”:
Olha só:
Boas ferramentas resolvem problemas. Geram valor para as pessoas. E, quando você resolve um problema do seu público, gera também reciprocidade e confiança.
São mais fáceis e rápidas de consumir do que um e-book, um webinar, um case de sucesso e outros formatos de material rico. Isso diminui as chances do material que você e seu time passaram tanto tempo construindo fique mofando em um Google Drive.
A ferramenta é um diálogo. Porque ela só ganha vida e propósito se a pessoa do outro lado interagir. Esse engajamento também colabora na construção da confiança e lembrança de marca.
A maioria também têm propostas de valor mais claras, mais fáceis de comunicar e de absorver. Isso também contribui muito para o número de conversões que elas trazem.
É um formato que você pode usar com praticamente todos os tipos de público. Todo mundo tem problema para resolver.
Também são reutilizáveis em vários pontos da estratégia. Uma ferramenta pode ser um material rico, ou apresentada em um webinar, virar post nas redes, fazer parte de um blog, integrar a estratégia de linkbuilding, e por aí vai.
E, sendo bem sincero — não são tão complexas de criar. O que torna o seu Inbound muito mais ágil.
🛠️ Como criar uma ferramenta que engaja as pessoas e traz resultados?
Este é o meu processo:
1. Problema
No coração de cada ferramenta está a resolução prática de um problema, a revelação de um caminho, de uma resposta.
É por isso que a produção desse tipo de conteúdo precisa começar com a pergunta: o que essa ferramenta vai resolver?
Uma coisa óbvia e muito eficaz que você pode fazer é simplesmente perguntar para as pessoas: que tipo de ferramenta você gostaria de receber?
2. Referência
Depois de identificar o que a sua ferramenta resolve, é hora de buscar referências e se aprofundar no tema dela. Recomendo que você passe 1 ou 2 dias nessa parte. Eu geralmente procuro:
Se já existem ferramentas que resolvem aquele problema e como elas funcionam no detalhe
Tudo o que posso encontrar sobre o assunto para embasá-la. Em marketing, a profundidade é uma ferramenta (não resisti) contra a ingenuidade
Referências de outras áreas. Eu crio ferramentas para RH, mas será que não existe uma ferramenta de Administração ou Logística cuja mecânica eu posso aproveitar?
O que especialistas internos já falaram sobre o problema. Na semana passada, um post do LinkedIn de uma diretora nossa virou uma checklist
3. Proposta
Com o problema mapeado e uma pesquisa bem legal, você já vai ter uma boa ideia do que a sua ferramenta vai ser. Por isso, é aqui que eu já a nomeio e escrevo a proposta de valor dela.
Essa parte é essencial porque ela é a vitrine da ferramenta. É ela quem vai vendê-la para o público.
Por isso, para o nome, a dica é que você escolha algo simples, claro, mas que ainda desperte emoção e curiosidade.
Já na proposta, recomendo que você foque 100% no público e no impacto que a ferramenta terá no dia a dia dele.
Olha só um exemplo de uma ferramenta que eu criei há uns 10 dias:
◻️ Nome: Check-up do RH Estratégico
◻️ Proposta: Um autodiagnóstico para você descobrir se os seus comportamentos e estratégias estão alinhados ao negócio, ajustar a rota e ganhar mais protagonismo.
4. Formato
Tem uma frase que eu gosto muito e que a gente pode aplicar aqui: “O formato segue a função.”
Puxando o exemplo do item anterior, o papel do Check-up é diagnosticar a atuação da pessoa. Então, o formato da ferramenta acaba sendo uma matriz, um survey, uma planilha.
Mas é justamente aqui que você tem uma chance de encantar as pessoas, fazer os olhos delas brilharem com a ferramenta — e impedir que ela seja só mais uma planilha, só mais um PDF para o seu o público.
Correndo o risco dessa edição ficar um tanto quanto narcisista, quero te trazer 3 exemplos disso:
Meu público estava sendo bombardeado por tendências, então construí um filtro para ele
Para um framework sobre engajamento de times, fiz uma analogia com um balão
O que eu vou falar é clichê, mas é fazendo o que ninguém mais está fazendo que você se destaca. Nem toda ferramenta vai ser temática ou criativa, mas se você tiver a chance, tente sair do óbvio e surpreender.
5. Mecânica
Uma ferramenta precisa provocar algum tipo de interação. Caso contrário, você fez um infográfico. 😬
Se você está construindo um diagnóstico, precisa considerar todos os resultados possíveis, pesos de perguntas e respostas, etc.
Se está fazendo uma calculadora, as fórmulas e respostas geradas precisam estar mapeadas e à prova de erro
Minha dica é que você crie um pequeno “como usar a ferramenta” para nortear a sua mecânica.
Este é o que eu criei para o exemplo do item 3:
Há 10 perguntas divididas em dois eixos: interno e externo. No “interno”, você vai refletir mais sobre o seu posicionamento e desenvolvimento como RH estratégico. Já no “externo”, vai avaliar suas ações estratégicas no negócio.
Leia as perguntas e se dê uma nota de 1 a 5 em cada uma. Depois, some a nota de cada eixo e encontre na matriz onde você se encaixa.
Também é muito importante desafiar a mecânica. Peça para outras pessoas usarem a ferramenta, “ataque-a” de várias formas, considerando todos os “e se”.
Isso porque uma mecânica que não se sustenta pode gerar confusão e quebra de confiança em quem usar a ferramenta. Então, apare todas as arestas antes de soltá-la no mundo.
Nessa brincadeira, eu já criei mais de 40 ferramentas para serem usadas no clube de assinatura, redes sociais, newsletters, eventos online e até presenciais.
E entre hits e flops, consigo ver todos os dias a influência delas nos resultados da empresa em que eu trabalho.
Não é tão difícil: você provavelmente já tem ferramentas prontas ou quase prontas por aí, só precisando de divulgação ou de um toque final.
Por isso, se eu puder te deixar uma última dica — inclua uma ferramenta bem alinhada com as dores do seu público no seu calendário de Inbound agora em setembro. E depois me conta.