Formulários são cancerígenos para o Inbound atual
Bem-vindo(a) à Inbound Matters, onde você aprende o que importa sobre inbound marketing 🤍
Formulários são contraintuitivos.
Nós queremos que as pessoas consumam nosso conteúdo, sejam educadas por ele, mas colocamos uma barreira bem na frente delas.
Não sei se você já pensou dessa forma, mas isso é algo que vem me incomodando há uns dois anos. 😬
Ao ponto que hoje, eu acho que devemos parar e pensar se realmente vale a pena colocarmos uma landing page com formulário na frente de alguns materiais ricos.
E existem 3 elementos que você pode considerar nessa reflexão:
1. Maturidade da estratégia e operação: a cultura da sua empresa consegue desapegar um pouco de acompanhar cada passo dos contatos, em troca de que mais pessoas de fato consumam os conteúdos da empresa e sejam impactadas pela visão de mundo dela?
2. Qualidade do conteúdo: o conteúdo que ficará depois do formulário realmente vale a troca de informações? Com sinceridade: você está entregando algo realmente único, útil e memorável atrás da sua landing page?
3. Propósito da captura de dados: existe algo que cria uma ligação forte entre o formulário e o consumo do conteúdo? Por exemplo, enquanto um evento online precisa de um formulário para que a pessoa consiga comparecer a ele ou receber a gravação, um e-book não.
Momento vida real: sei que, muitas vezes, a resposta para essas três perguntas vai ser “não”.
E tudo bem. Nós trabalhamos com o que temos e podemos.
Mas vejo alguns caminhos alternativos (e práticos) para mitigar os pontos negativo dos formulários:
⚪ Atrelar sempre um benefício para o público: por exemplo, você pode ter no rodapé da sua newsletter um link levando para um formulário de “atualização de dados”, com a promessa de conteúdos mais personalizados.
⚪ Investir mais tempo e carinho na construção de landing pages: se você realmente precisa usá-las, vale fazê-las com mais amor e inteligência. Nesta edição, detalhei a matemática da parte mais importante de qualquer LP — a primeira dobra.
⚪ Ter bom-senso na construção dos formulários: será que é realmente necessário cobrar número de telefone para dar acesso a uma planilha?
Os formulários são um legado das últimas duas décadas do Marketing, tão focadas em busca por atribuição de resultados e controle da jornada.
Mas a atribuição está cada vez mais falha, a jornada imprevisível, e as pessoas cansadas de preenchê-los — e tudo isso coloca em cheque a eficácia do “toma lá dá cá” proposto pela dinâmica dos formulários.
Por isso, ter a coragem de ser mais generoso, remover pelo menos algumas barreiras da frente dos conteúdos gera verdadeira reciprocidade, confiança, lembrança.
Talvez você não consiga mandar um e-mail depois da pessoa baixar seu kit.
Mas colocará mais gente em contato com o conteúdo e despertará emoções que realmente impactam e influenciam onde a jornada de compras realmente acontece — na mente do consumidor, e não no nosso CRM.
O que você acha? Comente aqui embaixo e vamos trocar! 😉